Modelo Positivista: Rigidez científica, os fatos e os documentos oficiais. Para estes a definição de história passa como um acontecimento, um evento real, ou seja, que acontece no tempo e espaço como resultado da ação humana. Informação a respeito de um acontecimento.
O historiador está subjetivamente limitado porque ele é uma parte do que estuda e tem de levar em consideração o papel do homem na história como um agente livre e compreender que seus dados são indiretos.
Um outro significado é investigação ou pesquisa para checar e achar dados acerca do passado. Tudo tem que ser testado sobre sua autenticidade, genuidade e integridade de sua informação.
Interpretação é um outro significado. Ela é a reconstrução subjetiva do passado, à luz dos dados colhidos, dos pressupostos do historiador e do clima da opinião de seu tempo. Sabe-se que nunca se chegará a reconstrução perfeita do passado.
Certas correntes vê o historiador como aquele que da conta do que realmente se passou, que ele é capaz de se manter independente do fato histórico, é capaz de interpretar passiva, contemplativamente – teoria do reflexo. É capaz de imparcialidade emocional, político-ideológico e social.
Ruptura com o Positivismo = Anaes. Pós 1840, historiadores como Michelet. Cria-se uma Escola para historiadores, quebra a hegemonia positivista.
1920 – questionam os rumos da história.
Marc Bloch e Lucién Fevre criam uma revista Anaes. Ênfase em sociedade e Economia. Queriam levantar perguntas que tivessem relação com a Sociedade e sua transformação. Historiografia Marxista, a produção tem que contribuir para mudanças na sociedade.
Marxista: Teoria de Movimento das Sociedades através de certos conceitos de base (modos de produção, etc...). A matéria em movimento é a única realidade e que todas as instituições humanas são determinadas pelos processos econômicos de produção. A base do pensamento marxista é o materialismo dialético, como o meio da evolução histórica. A economia em desenvolvimento era o elemento dinâmico no processo dialético. A estrutura de classes, cujos interesses e inter-relações determinavam todas as mudanças na superestrutura da sociedade, do intelecto, do governo e da religião. De uma maneira genérica, o estímulo da crítica marxista expôs as deficiências do fato de se tratar a diplomacia, a religião ou a política isoladamente da economia.
História Nova: Conjunto de características e diretrizes que procuram renovar, enfocar novos objetos de análise, outras ciências, métodos quantitativos, documentação serial.Alvo Renovar: Acontecimentos – História Narrada – Biografia – Mapas
Trabalhar com números, estatística, computador. Selecionar Documentos confiáveis e contínuos.
História Tradicional: Reis e Rainhas, Instituição, intelectuais, pessoas que representam pequena parcela da sociedade. História Nova estuda a grande maioria da população e suas atividades.
Para realizar isto: Novos Métodos de Abordagem para tirar do quase nada algo substancial com a ajuda da Psicologia, Antropologia, Literatura, etc. História Nova é Interdisciplinar: Etnopsiquiatria, Antropologia Histórica
Da História Nova surge a História das Mentalidades (1970): é uma história em construção. Interessa-se pelo cotidiano tenta entender o que há atrás dos bastidores.
Delumeau – Método: Escutar e constituir o Universo religioso a partir das doutrinas, textos, práticas, costumes, rituais, etc.
Procura recuperar as outras vertentes do pensamento religioso que foram marginalizados.
Recupera a historicidade do texto, as lutas em que foi produzido. Política, econômica e social não passam de contexto em sua abordagem.
Documentação variável (vv. Fontes): quadros, pinturas, cerâmicas, cartas, memórias,etc.
História Cultural (1980) – vida cotidiana e privada.
Micro história
CEHILA
Enrique Dussell – argentino, leigo, filosofo, pós-graduação na Europa, vai à terra santa para viver como marceneiro em Nazaré, Doutor em Filosofia, licenciatura em teologia, na França formação em História.
Proposta fazer uma História Geral da Igreja na AL. 1973 funda CEHILA (Comissão de Estudos da História da Igreja na América Latina).
A partir da história da conversão de Bartolomeu de Las Casas, constrói a base do pensamento da Cehila. Eclesiástico 34.18-22. Enrique tira uma epistemologia a partir deste texto lido por Lãs Casas.
Pobre: Lugar Hermenêutico de onde se interpretaria. Conceito de Pobre: Desapropriado, injustamente tratado, oprimido, empobrecido por uma questão do sistema.
Cehila nasce de uma tradição profética Latino-Americana.
1. Privilegia um Sujeito (pobre)
2. Pretende a síntese: Periodização. Quer estabelecer regularidades no comportamento da igreja.
3. Opõe uma verdade nova à verdade consagrada (visão apologética da igreja). Nova verdade: A H. I. é aquela vista do pobre.
Hoje vive uma tensão dos paradigmas: Crise do socialismo real, crítica do paradigma iluminista. Perda de receitas de bolo para fazer a história da igreja.
PARA ENTENDERMOS OS LIMITES DO FAZER HISTÓRICO
• A gente não lida com a história, com o fato, mas com uma seleção. História objetiva ocorreu e se perdeu.
• Contamos a história a partir de um ponto de vista. Um relato sobre a história não é a história.
• O exercício de entendimento tem mais consistência se tenho clareza disto. Sei que posso escrever de outro ponto de vista.
• Quais os pressupostos porque optamos por isto.
• O que faz que um fato histórico tenha relevância histórica é o intérprete que olha para ele e vê nele algum valor. Há um sistema de referência.
• O olhar sobre história está determinado pelo nosso Sistema de Referência.
Maurice Halbwachs = A memória coletiva
• O que penso/construo não sou eu que faço, mas está determinado por outros. A medido que transito por grupos diferentes o que eu lembro nada. Posso mudar até convicções.
• Momento de hoje: a afirmação da individualidade, relativiza o grupo. Transitar em grupos diferentes implica em diluição de referenciais – perigo de uma certa superficialidade consumista.
• Método da Periodização – Na história a gente faz cortes.
• Cehila vincula os cortes da História do Cristianismo aos grandes cortes da História política Econômica.
• Tudo o que se faz na historiografia é uma construção.
Questão da valoração
• Dizer o que é relevante não está no fato em si, mas na relação que este fato tem com o sistema de valor da época e do olhar de quem olha.
• O excluído passa a ser visto quando ele surge como sujeito histórico, lugar social.
• A história é sempre construída a partir de perguntas do presente. Olhar o passado com os olhos/perguntas do presente.
• História não traz o passado/realidade, mas representações do passado.
• Na história não existe mentira, mas valorização e construção.
• A verdade é uma construção é um processo, historicamente situado. Pode ter uma variedade de verdades.
• Verdades absolutas é um fechamento do processo de busca da verdade.
• Escola de Leitura. A partir das perguntas de agora.
• O tema pode te converter.
•
O VALOR DA HISTÓRIA DA IGREJA
1. A História da Igreja como uma Síntese (Correlação entre o passado e o futuro, ajudando a compreender nossa grande herança – a história mostra o Espírito em ação durante os séculos.)
2. A História da igreja como um auxílio para a Compreensão do presente ( Conhecemos as nossas raízes – crenças e práticas litúrgicas tornam-se mais fáceis de entender – Até problemas contemporâneos são melhor entendidos) Romanos 15:4 Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito,
3. A História da Igreja como uma Força Inspiradora
4. A História da Igreja como Ferramenta prática para ensino, estudo, sermão.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
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